domingo, 16 de janeiro de 2011

mas eu tô só aqui sentada

ah, eu me jogaria num rio e iria, iria, só pra sentir como é ser levada pela correnteza sem querer nadar. Sem querer voltar ou ir mais rápido. Eu iria, iria, pra deixar meu corpo relaxar, sentir a vida me levando no colo, sem remo, sem motor, sem colete protetor, sem máscara ou ar, sem qualquer preparação que venha a me alterar e alterar esse prazer. Eu quero mergulhar e me esquecer, fazer parte do rio, eu quero que o destino engula o que pariu, há 19 anos.

roleta-russa? não, conheço a emoção, mas sei pra onde vou e como chegar. é que eu também sou humana e às vezes eu preciso mesmo jogar tudo pra cima e gritar. não é contar com o destino, nem crer em acaso, é só deixar a energia da vida fazer parte também. esse negócio de ser 8 ou 80, isso nunca, nunca me fez bem. Planeje, mergulhe, e leve o que sobrar. Mas, mergulhe, mergulhe antes. Mergulhe mesmo. na água, na terra, no ar, na merda, na loucura, na morte. Você mergulha na morte. É só um mergulho.

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