sexta-feira, 4 de março de 2011

cheia de vazio cheia.

De repente acordo na véspera do meu aniversário querendo fazer amor. Fazer amor? Ora, quem sou eu... quem sou para ousar 'fazer amor'? Simplesmente me veio o receio de entregar meu orgasmo a alguém que não me tenha como importante e vice-versa. Como me agarrar e morrer em braços alheios por pura sensação? É tão absurdo que as pessoas façam isso, como se seus corpos fossem descartáveis ou indiferentes.
Mas, vejamos... e eu não sou assim? Dessas de mergulhar no hedonismo? Sei que sou, sei do que gosto! Viver sem deixar que certas morais imorais me limitem. Eu adoro fazer carnaval toda noite, brindar a tudo, fazer amigos e amar todo mundo de um amor especificamente bêbado. Como se a vida fosse essa sensação dionisíaca, esse 'ei, ta com medo de que?' Como se meu nome, nossos nomes fossem 'permita-se'. E, aliás, é sim! É tudo isso sim! Eu sou assim sim! Faz parte de mim. Mas que contradição.
Me sinto tão dual, que paradoxal! Por isso nada me satisfaz.
É como o teatro, tudo é efêmero. Passa, acontece e corre. Essa de amor, amor, amor que dê certo. Essa existe? Essa existe em mim?

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